Sugestão de leitura: A Alma da Fotografia

Além de fotografar, eu gosto muito de ler, e decidi associar as duas paixões com  livros de fotografia, para aprender um pouco mais sobre essa arte linda. Comecei ganhando um livro das minhas filhas e depois eu comprei outros, que na sua grande maioria falam de técnicas, dão dicas de como fotografar melhor e mostram fotografias lindas feitas pelos autores.

Ainda não li todos, mas um deles já é o meu favorito: A Alma da Fotografia: O Fotógrafo Como Artista Criador (Alta Books, 2017), do fotógrafo David duChemin. Eu li no ano passado, já reli, adorei e super recomendo. Eu me identifiquei muito com o que o autor escreveu, porque ele enaltece as fotografias que têm alma, muitas vezes sobrepondo à técnica. Como eu não sou fotógrafa profissional, mas digo sempre que fotografo com o coração, esse livro me incentivou bastante a continuar fazendo o que faço, a colocar minha admiração e meu entusiasmo naquilo que vejo, como eu vejo. 

Um cenário que adoro (árvores do cerrado) para aproveitar a leitura

David duChemin escreveu: "Olhar nossas fotografias e não perceber um reflexo de quem somos é o maior sinal de que nossas cenas perderam a alma. Você é incapaz de colocar sua alma em suas fotografias se, ao buscá-la dentro de si, não souber encontrá-la" (página 14). Eu acredito que minhas fotos já têm uma certa identidade; eu olho para elas e as reconheço como minhas, e isso me deixa muito feliz. Acho que estou no caminho certo, de acordo com David duChemin, de colocar a alma na fotografia.

"A fotografia não é objetiva [...] Trazemos nossos próprios pensamentos, opiniões, pontos de vista e interesses para a cena e para cada decisão [...] escolhemos o que incluir e excluir. Não é o que está lá que ela espelha, mas como eu a vejo" (página 121).

Eu gosto de tirar fotos de ângulos que me permitem ver os detalhes daquilo que estou fotografando. Gosto de compor as fotos com o céu (de preferência com o céu azul que adoro), e evito sempre edificações e pessoas. Adoro mostrar os galhos floridos (ou não) das árvores e o colorido das flores, e se tiver um bichinho no meio da cena, como uma borboleta, abelha ou passarinho, faço questão de incluí-los  (sempre que possível, claro, porque eles são muito rápidos!).

Por fim, o autor fala que a "Paixão faz a diferença. É ela que traz transparência, alma e emoção ao nosso trabalho. E isso sempre afetará a alma das pessoas" (página 194). Como é bonito ver um trabalho feito com paixão, não é mesmo? Quando a gente faz o que gosta, tudo fica mais bonito. Comecei a fotografar como uma terapia e hoje ela é uma paixão, é algo que me traz felicidade. 

Mostrei aqui um pouquinho desse livro, e indico para quem quiser ler. Ao longo dos futuros posts vou falando mais um pouquinho desse e de outros livros. 

Duas paixões: fotografar e ler.

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